sábado, 21 de dezembro de 2013

Miguel Esteves Cardoso

Se fôssemos contabilizar as paixões desta vida, os ódios e os amores, os grandes sobressaltos, as comoções, os transtornos, os arrebatamentos e os arroubos, os momentos de terror e de esperança, os ataques de ansiedade e de ternura, a violência dos desejos, os acessos de saudade e as elevações religiosas e se as somássemos todas numa só sensação, não seria nada comparada com o peso bruto da irritação. Passamos mais tempo e gastamos mais coração a sermos irritados do que em qualquer outro estado de espírito. Apaixonamo-nos uma vez na vida, odiamos duas, sofremos três, mas somos irritados pelo menos vinte vezes por dia. Mais que o divórcio, mais que o despedimento, mais que ser traído por um amigo, a irritação é a principal causa de «stress» — e logo de mortalidade — da nossa existência. É a torneira que pinga e o colega que funga, a criança que bate com o garfinho no rebordo do prato, a empregada que se esquece sempre de comprar maionnaise, a namorada que não enche o tabuleiro de gelo, o namorado que se esquece de tapar a pasta dentrífica, a nossa própria incompetência ao tentar programar o vídeo, o homem que mete um conto de gasolina e pede para verificar a pressão dos pneus, a mania de pôr o pacotinho vazio de açúcar debaixo da chávena de café, a esferográfica de Mário Crespo... é por estas e por outras que as pessoas se suicidam. E têm toda a razão. É nos engarrafamentos, na bicha do supermercado ou do multibanco, no cinema atrás do cabeçudo que não nos deixa ver, no autocarro cheio de gente, que somos diariamente irritados. Há-de reparar-se que as pessoas que mais nos irritam são as que estão à nossa frente. São estas as pessoas que demoram, que levam horas a tirar o porta-moedas para pagar o táxi, que insistem em passar um cheque para comprar um quilo de cebolas e uma embalagem de Super-Pop, que se mexem na cadeira e desembrulham rebuçados durante a cena mais dramática do filme, que têm um tempo de reacção ao semáforo verde de aproximadamente 360 segundos, que pagam as contas da água, da luz e do telefone ao Multibanco, que se esquecem de tomar banho antes de usar um transporte público e depois insistem em esfregar-se contra quem tomou.

domingo, 8 de dezembro de 2013

o banjo do meu pai...

... um homem infeliz, e que por sua vez, não soube tornar felizes as pessoas à sua volta.

domingo, 1 de dezembro de 2013

1º de dezembro, dia da restauração

como se não fosse importante comemorar o Dia da Restauração, Passos Coelho revogou a decisão de 1910 deste feriado nacional (um feriado patriótico) passar, assim, a dia "normal".

segunda-feira, 8 de julho de 2013

gossip...


...

O jornal “El Pais” garante que Bruxelas está a preparar "uma segunda linha de ajuda preventiva a Portugal, meios para contornar eventuais dificuldades de financiamento em 2014”.
É o que se lê na edição desta segunda-feira do diário espanhol, que cita duas fontes comunitárias. De acordo com a notícia, o resgate será “brando” e sem a participação do Fundo Monetário Internacional.
Ao que avança o "El País", a ideia é prevenir um cenário em que Portugal sinta dificuldade em financiar-se nos mercados, em meados do próximo ano, quando terminar o actual resgate da “troika”.
A notícia fala de uma "linha de crédito de precaução", que Bruxelas já terá começado a negociar com Lisboa. O dinheiro extra, a confirmar-se, chegará do Mecanismo Europeu de Estabilidade.
Ao que se lê nesta notícia, o tal "resgate brando" irá implicar mais cortes. Ainda assim, conclui, as medidas de austeridade que se desenham serão menos exigentes do que as aplicadas, até ao momento. Uma ajuda que deverá ser interpretada - também - como um sinal de que a União não deixará cair um país que chegou aos limites da austeridade".

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Madiba

"O nosso grande medo não é o de que sejamos incapazes.


O nosso maior medo é que sejamos poderosos além da medida. É a nossa luz, não a nossa escuridão, que mais nos amedronta.

Nos perguntamos: "Quem sou eu para ser brilhante, atraente, talentoso e incrível?" Na verdade, quem é você para não ser tudo isso? Bancar o pequeno não ajuda o mundo!



E à medida que deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo".





Nelson Mandela

quinta-feira, 13 de junho de 2013

hoje, 125 anos do nascimento de Fernando Pessoa


Lisboa abriu hoje janelas para o "Desassossego", um festival que promete muita poesia, mas também teatro na casa na qual o poeta viveu, como se a casa ainda fosse habitada por sentimentos e conversas.